Livre, livre enfim!
É tão livre sonhar!
Suponhamos, anjo meu...
Que a noite tenha se findado, finalmente.
E como um branco véu de seda,
caíra sobre mim a luz do amanhecer...
_Ah... que delicadeza.
Esse aroma de flor e paz
fazem do meu despertar uma alegria.
E suavemente, vejo o singelo sorriso teu
ao marejar os olhos meus de felicidade líquida e pura.
Tu me tocas a alma
que retribui suspirando...
Aspirando a maciez do paraíso que me embriaga de calidez.
E suplicando eu digo:
"Não me acordes jamais.
Quero morrer sonhando em teu abraço
nesse vasto jardim flutuante
onde sou filha dos lírios e das borboletas
e tenho contigo o reencontro reconfortante..."
E tudo se justifica, tudo se esclarece...
E minha aspiração encontra um abrigo.
Livre, livre afinal!
Contigo.