"Apenas por uma vez eu gostaria de ser o poema e não o poeta".

Hoje a noite li esta frase. Ela canta.
Está ainda a ressoar ...

Mas sabe, já fui poema. Já fui canção. Uma vez mapa das estrelas, outrora anel bordado à mão.
Hoje me contentaria, não em ser poema, mas em ser o alvo do seu olhar sincero. Daquele sorriso de canto. Da saudade que se abraça antes de dormir. Da sensação resplandescente de sentir o perfume que uso e que deixei na camisa que ficou contigo.
Se a sua poesia não é escrita, não há nada de errado.
Me deixe ser seu alvo, seu suspiro, sua lembrança...
Que sendo poetisa, me contento em brincar com as palavras.
Mas se não sou poesia, me deixe ser o seu amor.