Ah... que sorte tem os tolos,
Os "des - amantes",
Os mentirosos...
Que sorte tem os egoístas e os egocêntricos,
Que vivem a vida como se tudo fosse sobre si.
Latejam tanto a própria importância,
Se amam com fervor...
E são felizes! Festivos, distraídos...
Sobretudo,
São alegres.
Que sorte possuem os calculistas,
Os frios e desalmados,
Apáticos às dores do mundo
Que não se perdem um dia
Nos olhos de alguém.
Nós, entretanto, mergulhados em sentimentos,
Fluímos como as águas da chuva,
percorremos Castelos e Masmorras.
Molhamos princesas e moribundos.
Somos todo o amor que existe
Somos toda a tristeza do mundo.